O mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic,
seja reduzida em 0,5 ponto percentual, dos atuais 6% ao ano para 5,5% ao
ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC), marcada para esta terça e quarta-feira (17 e 18/9), em
Brasília. A expectativa consta da pesquisa semanal do BC a instituições
financeiras no Boletim Focus.
Para o mercado financeiro, a Selic voltará a ser reduzida em 0,5
ponto percentual em outubro e permanecerá em 5% ao ano na última reunião
do ano marcada para dezembro.
O mercado também não espera por alteração na Selic em 2020. A
expectativa, que na semana passada a Selic estaria em 5,25% ao ano no
fim de 2020, agora é 5% ao ano. Para 2021, a expectativa é que a Selic
volte a subir e encerre o período em 7% ao ano.
A taxa básica de juros é usada no controle da inflação, que está
abaixo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2019
e 2020.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais
barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da
inflação e estimulando a atividade econômica.
Quando o Comitê de Política Monetária aumenta a Selic, a finalidade é
conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os
juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
De acordo com as previsões do mercado financeiro, a inflação,
calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve
ficar em 3,45%, em 2019. Essa foi a sexta redução consecutiva na
estimativa, que na semana passada estava em 3,54%.
Para 2020, a estimativa também foi reduzida, ao passar de 3,82% para
3,80%, na segunda revisão consecutiva. A previsão para os anos seguintes
não teve alterações: 3,75%, em 2021, e 3,50%, em 2022.
A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional é 4,25%
em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
CRESCIMENTO DA ECONOMIA
A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país – foi mantida em 0,87% em
2019.
A estimativa para 2020 caiu de 2,07% para 2%. Para 2021 e 2022 também não houve alteração nas estimativas: 2,50%.
DÓLAR
A previsão para a cotação do dólar ao fim deste ano subiu de R$ 3,87 para R$ 3,90 e, para 2020, de R$ 3,85 para R$ 3,90.
Fonte: Diario do Comercio
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